O artista
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Meu nome é Vitor Machado Lira, sou de Belo Horizonte, MInas Gerais, Brasil e pertenço a uma linhagem mista de exploradores ibéricos, povos escravizados da África central e ocidental e nativos tupi-guarani da América do Sul.
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Minha prática artística surge de anos de investigação e estudo de filosofia e ecologia, fascínio e envolvimento com uma gama diversificada de seres humanos e não humanos, e experimentação com processos criativos e práticas contemplativas.
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Eu uso uma ampla gama de ferramentas filosóficas (como alegorias, metáforas, parábolas, mitos, histórias, ditados comuns, símbolos, fatos históricos, sabedoria atemporal e evidências científicas sólidas) para manifestar e traduzir observações, insights e paradoxos em criações - que espero ser - sinceras (como definidas por Leo Tolstoy) e úteis (de vestuário e acessórios a adesivos e murais).
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O logotipo da Vitorious, por exemplo, com letras e símbolos que desenvolvi, inclui a Óctupla Senda e minha interpretação do conceito de microcosmo em cada ser e um macrocosmo universal, significando a interconexão de todas as coisas (de átomos a gatos, de humanos a galáxias) que é encontrada nas tradições hermética, budista e upanishádica.
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Eu trabalho com várias mídias (incluindo desenho, pintura, estêncil e ilustração digital) e, sempre que possível, gosto e procuro colaborar e trocar conhecimento com outras pessoas (de grafiteiros e joalheiros a poetas enrustidos e sonhadores).
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Eu me esforço para ser um catalisador para iniciativas reparadoras em todo o mundo (como pesquisa de inteligência animal não humana, campanhas de bem-estar animal, programas de reflorestamento e agrofloresta, alívio de traumas ancestrais, práticas contemplativas não dogmáticas e reforma ecocêntrica) com paciência, perseverança e reverência pelos seres que tenho o privilégio de conhecer e impactar.
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Minha missão é testemunhar com gratidão e compartilhar graciosamente ensinamentos profundos da vida, sendo um veículo de modos de vidas mais serenas, tecendo um passado significativo e cultivando comunidades harmoniosas para o futuro.​
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O Projeto
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Vitorious é um projeto que concebi para convidar pessoas em todo o mundo a refletir e agir sobre algumas das questões existenciais críticas do nosso tempo, como a catástrofe climática, a crise dos refugiados, a crise de saúde mental, etc. Com tantas tragédias propagadas por nossa espécie, esta é a maneira que encontrei de não ficar ocioso e fazer a minha parte, por menor que seja.
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Combino palavras e imagens para criar murais, roupas, adesivos e ativos digitais para chamar a atenção das pessoas e estou trabalhando para torná-los acessíveis a pessoas com vários níveis de habilidade. Também estou conectando todas as minhas obras de arte a iniciativas que estão na linha de frente de causas que são próximas e queridas ao meu coração para que as pessoas possam aprender mais e se envolver.
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Espero que este projeto sensibilize as pessoas a encontrar maneiras novas e aprimoradas de coexistir com todas as espécies neste globo insubstituível que chamamos de lar.
Se você está se perguntando por que não há a letra "c" em "Vitorious", é em parte por causa do meu nome. No entanto, leia em voz alta a seguinte expressão em inglês "you don't need a c" e ouça com atenção. Ela significa "você não precisa de um c" porém dependendo da pronúncia, pode-se ouvir "you don't need to see", que significa "você não precisa ver". Essa é minha provocação para aqueles que se deparam com meu trabalho. Devemos de alguma forma sentir as verdades que a arte revela, que às vezes vai além do que podemos ver.
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Ainda não entendeu? Leia novamente, ouça novamente e sinta novamente. A verdade é frequentemente encontrada abaixo e além de nossas perspectivas sutilmente distorcidas, julgamentos tendenciosos e vícios herdados.
Os custos
[de se fazer o bem]
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Antes de comprar ou investir em qualquer coisa [qualquer coisa mesmo] pense em como a coisa, pessoa ou oportunidade que você está considerando realmente contribui para o tipo de impacto que você está tentando ter.
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Sempre há um custo para qualquer bem que se pretenda fazer e/ou produzir e eu trabalho para fazer obras de arte que façam mais bem do que tiram da Terra.
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Minhas camisetas, por exemplo, exigem certas maravilhas naturais para passar de semente a veículos transformadores. Para compartilhar minhas mensagens, meus materiais precisam ser resilientes e flexíveis. Tecidos danificados ou impressões defeituosas significam que as mensagens não serão compartilhadas como pretendido. Nesse caso, minhas camisetas se tornam como qualquer outra, meras coberturas de pele.
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Cada camiseta exige as seguintes contribuições indispensáveis ​​para se materializar:
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* plantas de algodão, que levam cerca de nove meses e 1.700 litros de água para crescer até o ponto de colheita na parte norte do meu estado de Minas Gerais
* Produtos, máquinas e ferramentas usadas para cultivar cada planta
* Salário de R$ 10 para o trabalhador responsável por plantar, cuidar e colher algodão
* Salário de R$ 10 para o trabalhador responsável por transformar as fibras de algodão em fios
* Salário de R$ 10 para o trabalhador responsável por costurar os fios em formato de camiseta
* Salário de R$ 20 para o trabalhador responsável pela aquisição de camisetas, manutenção de equipamentos e impressão de arte em tecido
* Salário de R$ 20 para os trabalhadores responsáveis ​​por transportar todos os recursos ao longo desta cadeia de produção
* Salário de R$ 15 para o trabalhador responsável pela pesquisa de qualidade de produção, design da arte e coordenação de impressão e envio [eu]
* Doação de R$ 15 para uma iniciativa reparadora de danos humanos ao meio ambiente e outras espécies [varia de acordo com a série de camisetas]
*** Para cada par de modelos de mangas trocadas: Salário de R$ 30 para o trabalhador responsável pelo corte, re-costura e envio das camisetas
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Pense e decida com cuidado e gentileza
O Alfabeto
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Tudo o que você vê aqui foi feito por abelhas. Mais ou menos... Eu não sou nenhum Thomas Libertiny. Como meu trabalho é focado em adotar perspectivas pouco ortodoxas para nos ajudar a navegar na realidade e ser decentes durante nossa breve viagem na Terra, esta fonte foi desenvolvida para nos trazer as vozes da natureza. Depois de muita deliberação e estudo da linguagem e cultura não humanas, adotei o ponto de vista das abelhas operárias (Apis mellifera) para criar o alfabeto da natureza. O brilhantismo delas me deixou zunindo.
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Você sabia que a maioria das espécies de abelhas são solitárias e não vivem em colmeias? Ou que as abelhas fêmeas estéreis que fazem parte de uma colônia desempenham uma variedade de papéis específicos para seu estágio de desenvolvimento? À medida que envelhecem, uma operária passa de governanta a enfermeira, a atendente da rainha, a arquiteta, depois a ventiladora, a guarda e, finalmente, a forrageadora. Elas fazem tudo isso. Sem desrespeitar a realeza, por que ser uma rainha carente quando se pode ser uma boa Maria-faz-de-tudo?
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De qualquer forma... Esperando fazer justiça a elas, cada letra e símbolo é influenciado por limites e alinhamentos de hexágonos. As frases que eles compõem são geralmente críticas ao nosso relacionamento com o mundo não civilizado que nos esforçamos para pulverizar. Juntamente com imagens atraentes, muitas consciências serão polinizadas (ou picadas) por esses elementos e palavras selvagemente escolhidos.
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*Se você quiser aprender mais sobre abelhas, confira ScienceDirect.com. Eles têm milhões de artigos publicados revisados ​​por pares disponibilizados gratuitamente para todos lerem, baixarem e reutilizarem de acordo com a licença de usuário exibida no artigo. Este não é um endosso pago. Eu simplesmente encontrei um bom artigo de pesquisa no site deles e recomendo que você o leia também (se quiser ficar nerd sobre abelhas).
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Fique no mel [não no sal] e prospere [gentilmente].